GOVERNADOR DO BANCO DE MOÇAMBIQUE PROFERE AULA DE SAPIÊNCIA NA UNIZAMBEZE

O Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, proferiu, esta quinta-feira (21), na cidade da Beira, uma oração de sapiência que marcou a abertura do ano académico na Universidade Zambeze.

Subordinada ao tema A Importância da Inclusão Financeira na Dinamização do Desenvolvimento Económico, a intervenção do Governador centrou-se na radiografia da posição do País nos indicadores de desenvolvimento social, bem como nas acções que têm sido levadas a cabo para promover uma maior inclusão financeira.

Na sua intervenção, Rogério Zandamela disse que, diante de evidências empíricas e académicas sobre o papel impulsionador da inclusão financeira no desenvolvimento socioeconómico, Moçambique  tomou medidas arrojadas inspiradas nos três principais pilares da inclusão financeira, nomeadamente “acesso e uso”, “fortalecimento da infra-estrutura financeira”, bem assim “protecção do consumidor e educação financeira”.

Dentre essas medidas, o Governador destacou o Sandbox Regulatório do Banco de Moçambique, a interoperabilidade entre as instituições de moeda electrónica e os bancos comerciais, programas de educação financeira, o Código de conduta das instituições de crédito e sociedades financeiras, assim como mecanismos de penalização das instituições  financeiras.

Apesar dos ganhos alcançados com as referidas acções, nos domínios de  acesso aos serviços financeiros, flexibilidade das transacções e protecção do consumidor, Zandamela fez notar que imperam desafios que precisam de ser enfrentados de forma holística, para que a inclusão financeira seja atingida na sua plenitude.

Tais desafios se prendem com a necessidade de promover uma maior coordenação entre os diversos sectores de actividade económica e o Governo, e um ambiente jurídico-legal adequado, com vista a estabelecer um  quadro regulatório que responda aos avanços tecnológicos e dinâmicas do sistema financeiro.

Outros desafios apontados por Zandamela dizem respeito à necessidade de desenvolver infra-estruturas básicas e tecnologias adequadas, bem como condições macroeconómicas favoráveis, com vista ao impulsionamento e aceleração da inclusão financeira.

Por seu turno, o Reitor da Unizambeze, Bettencourt Capece, afirmou ter confirmado o que já pensava sobre o Governador do Banco: “Uma figura, não só de múltiplos e profundos conhecimentos, mas, acima de tudo, um exemplo e guia para todos nós”.

Participaram na Aula de Sapiência os Directores do Banco de Moçambique Paula Libombo, Elda Monteiro, Carlos Baptista e Miriam Germano, além de autoridades locais, Reitores de universidades, quadros da Unizambeze, estudantes e  membros da sociedade civil.